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1679 Barbot, Jean Journal d'un voyage de traite en Guinée, à ...


73 a 74
Costa do Ouro / Accra
 
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Eles acreditam piamente que existe uma espécie de divindade que dizem estar [ou] morar nas alturas, que eles chamam Jakomé, porém não sabem o que é invocá-la. Bem ao contrário, cada um em privado se faz dela uma idéia com a aparência mais ridícula do mundo, pois não lhe dão nenhuma forma humana e a fazem tal como a figura A a representa /74/ e desta maneira: tomam um pequeno pedaço de ouro, algumas pérolas ou outras coisas preciosas semelhantes, depois fazerem queimar os pés e ossos de pássaros, e temperam as cinzas com as pérolas trituradas [pillées] e um pouco de uma terra que eles têm em grande estima, jogando duas ou três claras de ovo. Repetem isso durante várias manhãs e enfim lhe dão a forma que você vê em A. Chamam essa ridícula figura de fétiche.

Fig. 24
74 [1]
Costa do Ouro
 
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As mulheres podem ter até 8 desses fétiches, que destinam cada um a um uso particular: um para fazer que seu marido a ame sempre, outro para que ela engravide tranquilamente, aquele para que possa ter vantagem sobre suas companheiras, aquele outro para ser amada por outros homens além do seu marido, outro para obter ouro ou para expulsar o diabo que eles chamam Sassan, e assim por diante.

74 [2]
Costa do Ouro
 
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Quando desejam pedir alguma graça ao seu fétiche, o colocam sobre certos cestos feitos de junco e de outras ervas [B na fig 24] para que não toque em nada poluído nem contaminado[.] Depois tomam um vaso, como a figura C, onde têm diversas bagatelas, como pedras, pérolas, facas, pedaços de madeira talhados em diferentes formas e semelhantes bobagens que eles sacodem [brouillent] juntas para depois jogar o [conteúdo do] recipiente no chão e segundo o desenho no qual elas se arranjam, conhecem (dizem eles) a resposta ou a intenção do fétiche e por uma superstição extraordinária não deixam de executar imediatamente o que lhes ordena ou pede.

74 [3]
Costa do Ouro / Accra
 
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Para melhor confirmar [a superstição], um dia jantando na casa do Senhor Olrichs, ele pediu a um de seus Negros para lhe trazer seu fetiche[.] Depois de ter-lo feito, esse mesmo Negro veio no dia seguinte dizendo ao dito senhor Olrichs que [o fetiche] estava encolerizado por ter sido assim gracejado pelos Brancos (é como nos chamam), e que ele lhe tinha feito conhecer [ao negro] que para reparar uma tal afronta era preciso uma garrafa de aguardente e dois medidas [aquiers] de ouro, que o referido Olrichs foi forçado a entregar a esse miserável, que estava todo em lágrimas.

74 [4] a 75
Costa do Ouro / Accra
 
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Para o oriente da fortaleza dinamarquesa, há um pequeno lago de água salobro, distante do mar de um tiro de pistola, com a forma de um Y. Quando as secas vêm, começando no mês de outubro e terminando em março, se encontrando na necessidade de água para o seu milho, os moradores dos arredores se juntam e compram uma cabra e a oferecem em sacrifício na beira do lago, onde eles deixam escorrer seu sangue[.] Em seguida /75/ fazem assar a carne sobre os carvões, a comem e depois pegam um pote de terra e o lançam no lago. Veja o que acreditam ser o resultado de semelhante cerimônia. Dizem que esse pequeno lago é o mensageiro de todos os rios e riachos do reino e que nessa qualidade recebe a vasilha que lhe jogaram e, sensibilizado pela miséria deles, vai visitar todos os outros rios e riachos do país, aos quais pede água até que o pote esteja cheio[.] Logo ele retorna ao seu curso natural onde, tendo chegado, joga o pote contra a terra, e vindo a se quebrar, faz desbordar a água que estava dentro e que tem a virtude de se comunicar a todas suas sementes.



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