Labat, Jean Baptiste: Missionário francês, da Ordem dos Dominicanos (1663-1738). Embora Labat tenha realizado diversas viagens como missionário e publicado relatos de suas viagens pela Europa, África Oriental e Caribe, ele não chegou até a Costa dos Escravos. Labat escreve sobre essa Costa e sua população por meio da descrição do francês, Chevalier des Marchais, que esteve no reino de Uidá a serviço do Rei da França.
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[2] a 68
Região/Localidade: Reino de Uidá
Texto Original
Tradução
Esses cinco dias são empregados pelos Grandes e pelo povo
para fazer procissões à casa da grande Serpente, para lhe pedir que o Príncipe
que vai ser coroado seja tão bom e tão justo quanto o predecessor, que ele faça
florescer o comércio, que seja um cumpridor atento das Leis e que /68/ os
mantenha em seus privilégios e em suas liberdades. O dia inteiro, do nascer ao
pôr do Sol, é empregado para esses atos de religião, e a noite, para deliciar-se,
a preparar festins uns para os outros, a dançar, a soltar gritos de alegria, a fazer descargas de
mosquetes, a fazer ressoar o ar com o barulho dos tambores; em uma palavra, a fazer
um algazarra tão grande que a duras penas se ouviria o trovão.
Palavras-chaves
Entidades espirituais / Serpente
Cultura material / Instrumentos musicais / Tambor
Práticas rituais / Rezas/orações/preces/conjuros
Cultura material / Instrumentos musicais / Trompete/flauta...
Práticas rituais / Realeza (festas, protocolo de corte, gestos)
Práticas rituais / Cerimônias/festas públicas