Eich Zur deixou sua casa em Zurique em 1653. Ele trabalhou como ferreiro e serralheiro na Alemanha, Bohemia e Holanda. Em maio de 1659 chegou em Hamburgo; e enquanto trabalhava lá para o comerciante Jacob Delboy (ou del Boe), um dos dois diretores da Gluckstadt Companhia Africana (Dinamarquêsa), ele foi uma das 26 pessoas (entre negociantes, artesãos e soldados), que partiu em 09 de julho no St. Martin e no Liebe (ou Liesde). Entre as pessoas a bordo estavam o novo comandante da Compania (Jost Cramer de Lindau) e o chefe principal (Henning Albrecht de Hamburgo). Zur Eich atingiu a Costa do Ouro, em outubro e participou na fundação do forte Frederiksborg, onde permaneceu até 1669. Portanto, ele e Muller devem ter vivido no mesmo forte por mais de seis anos e voltaram para a Europa no mesmo navio (o Patriarca Jacob); contudo eles não se mencionam um ao outro em seus relatos. Do ponto de vista de Eich Zur isto era bastante compreensível, desde que pelo menos três quartos de seu livro foi plagiado de Muller. Teoricamente, é possível que Muller tenha visto uma primeira versão do livro de Zur Eich em manuscrito e elaborado sobre este, mas todas as evidências sugerem que foi Zur Eich que usou Müller, às vezes sem entender o que Muller queria dizer. No entanto, Zur Eich acrescentou alguns novos materiais, principalmente sobre suas aventuras pessoais [cf. Jones, 1983]
A primeira edição do manuscrito foi publicada como "Africanische Reissbeschreibung in die Landschaft Fetu, auf der guineischen Gold-Cust gelegen", in Johann W. SIMLER, Vier loblicher Statt Zurich Verburgerter Reissboschreibungen, Zurich, 1677-78, vol. 2, pp. 91-174. No sítio foi utilizada a tradução inglêsa de Jones (1983) com apenas os fragmentos contendo informações originais. |