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Autor: Dapper, Olfert
Título: Description de l’Afrique contenant les noms, la situation et les confins de toutes ses parties
Localidade: Amsterdã
Editor: W. Waesberge, Boom et Van Someren
Ano: 1686
In: Institut National des Langues et Civilisations Orientales, 1974
 
Tipo:
Produção: 1668
Data da Primeira Edição: 1668
Período de Referência: 1620 - 1660
Confiabilidade: Citaçao de outro autor
Língua: Holandês
Link: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k104385v.image.r=DAPPER%2C+Olfert.f2.langPT



Comentário:



A versão holandesa original, Naukeurie Beschrijvinge der Afrikaensche Gewesten foi publicada em 1688 existindo várias outras edições e traduções (inglesa 1669-70; alemã 1670; 2ª edição holandesa 1676; francesa 1686). A tradução mais confiável seria a alemã e a pior a francesa, que é incompleta e às vezes inexata, frequentemente abreviando e parafraseiando a versão holandesa. Hair calcula que a versão francesa reduz em um 20% o material original relativo a Serra Leoa e Cabo Monte, e em um terço os capítulos sobre os Kquojas (Hair, 1974, pp. 26-27). Contudo, foi esta versão francesa a utilizada para a tradução ao português, sendo que a parte sobre a Costa da Mina é mais fiel ao original.

Para a África ocidental Dapper cita, no prefacio, apenas duas fontes: a descrição de Pieter de Marees sobre a Costa do Ouro (1602) e “vários escritos de Samuel Blomert”, inéditos, que lhe foram passados pelo sábio Isaac Vossius. Todavia, na parte sobre Serra Leoa e Cabo Monte ele faz referencia a outras fontes. Para Serra Leoa, ele utilizou informação de Davity, que é atribuída a du Jarric, mas que tem origem em Almada, cuja experiência da Alta Guiné se remonta pelo menos aos 1560s. Portanto, a informação em Dapper (1668) que ele cita sem datar, às vezes como se fosse contemporânea, de fato, foi coletada com mais de um século de anterioridade nos 1560s-1580s (Hair, 1974, p. 33).

"Para a Costa do Ouro, que era o maior foco comercial da Holanda na África desde o inicio do século XVII, existia uma relativa abundancia de fontes para escolher. Aproximadamente um terço do relato de Dapper está baseado em De Marees. Também utilizou bastante o texto que acompanhava um mapa inédito de 1629 [...] Em relação às atividades dos holandeses, utilizou De Laet (para o ataque falido de Elmina em 1625), Barlaeus (para o ataque bem sucedido de 1637), e várias outras fontes holandesas para o conflito Anglo-holandes de 1664-65. Todavia, as fontes de quase a metade da descrição da Costa de Ouro ficam ainda em identificar. Probavelmente Dapper utilizou uma combinação de material escrito nas décadas de 1630 ou 1640 e informação fornecida por alguem que tinha ficado na Costa do Ouro mais recentemente" (Jones, 1990, p. 176).

Embora a descrição de Dapper sobre Allada (“Arder”) seja relativamente breve e deva muito a Leers [i.e. Leo Africasnus], ela é considerada “certamente a mais valiosa fonte do século XVII" sobre esse reino. O material original deve datar da metade da década de 1630 em diante, quando deu inicio o comercio holandês com Allada, mas não é tão atualizada como a de Leers (Law, 1987).

“Em minha opinião, a idéia de que Dapper sentava nos cais de Amsterdã entrevistando marinheiros sobre suas impressões da África não é muito credível. Considero mais provável que ele conseguisse relatórios escritos, e que (vistas as incertezas e atrasos envolvidas na comunicação com África) estes fossem redigidos na Holanda, provavelmente em Amsterdã. No que tange à Costa do Ouro e a Allada, pelo menos três homens vêm à cabeça: Heinrich Caerloff que serviu na West India Company na África ocidental, virtualmente durante toda a década de 1640, ajudou à Swedish African Company a estabelecer-se lá na década de 1650s, e fiz o mesmo para os dinamarqueses em 1657-59; Johan van Valckenburg, diretor-geral em São Jorge da Mina (Elmina) de 1656 a 1659 e de 1663 a 1667; e Dirck Wilre, diretor-geral de 1662 a 1663 e de 1669 a 1674 [...] Não é prudente realizar afirmações histórica baseadas neste material com frases como “aproximadamente em 1666,” “por volta da década de 1660...,” ou inclusive “à meados do século XVII”. É bastante provável que algumas das fontes inéditas fossem da década de 1620 ou inclusive anteriores” (Jones, 1990, p. 186).

Bibliografia sobre Dapper:

THILMANS, G. «Le Senegal dans l’oeuvre d’Olfried Dapper,» BIFAN, B, vol. 33 (1971), pp. 508-63.

HAIR, P. E. H. “Barbot, Dapper, Davity: A Critique of Sources on Sierra Leone and Cape Mount”, History in Africa, vol. 1 (1974), pp. 25-54

JONES, Adam “Decompiling Dapper: A Preliminary Search for Evidence”, History in Africa, vol. 17 (1990), pp. 171-209.

LAW, Robin. “Problems of Plagiarism, Harmonization and Misunderstanding in Contemporary European Sources: Early (pre-1680s) sources for the ‘Slave Coast’ of West Africa,” Paideuma, vol. 33 (1987), pp. 349-351.





 





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